01 maio 2016

Mapas Conceituais



Proposto pelo pesquisador norte-americano Joseph Novak na década de 1970, o mapa conceitual tem sua origem no ensino de ciências. A teoria da aprendizagem significativa, na qual os mapas conceituais se sustentam, afirma que fixamos novos conteúdos quando eles são relacionados com aquilo que já conhecemos, ou seja, quando modificamos ideias já existentes a partir de novas ideias, fazendo conexões. Ao promover mais que uma representação esquemática, mas o estabelecimento de relações entre os conceitos, os mapas conceituais podem propiciar essa aprendizagem significativa e ser úteis em sala de aula.

"O que caracteriza o mapa conceitual é o que chamamos de proposição. São dois conceitos que colocamos em 'caixinhas' e unimos com uma seta, indicando um sentido de leitura; em cima da flecha, é explicada a relação conceitual entre eles"

O que diferencia os mapas conceituais de formas intuitivas de concatenar conhecimentos é a organização de conceitos em uma "rede proposicional". Isso significa que dois conceitos representados isoladamente num diagrama precisam ter suas relações expressas numa unidade semântica e não apenas visual (uma flecha ou um traço de união).

Os Mapas Conceituais são instrumentos utilizados para organizar e representar o conhecimento (NOVAK, 2008). São comumente utilizados como uma linguagem gráfica para a descrição e comunicação de conceitos e de seus relacionamentos. Com origem na Aprendizagem Significativa de AUSEBEL (1968), tem o objetivo principal de explicitar a relação entre um grupo de conceitos com o uso de proposições. (NOVAK, 2008) define os conceitos como padrões regulares que são percebidos em eventos ou objetos, de tal sorte que esses conceitos, e as suas proposições, tornam-se blocos de construção do conhecimento em qualquer domínio. Proposições, ainda segundo NOVAK (2008), são afirmações a respeito de algum objeto no universo. As proposições são constituídas por dois ou mais conceitos conectados por outras palavras, formando uma "unidade semântica". 
 
Os Mapas Conceituais são comumente utilizados no ambiente educacional para esclarecer ou descrever as idéias que as pessoas (em geral professores e/ou alunos) têm sobre um determinado tema (GAVA; MENEZES; CURY, 2002). Nesses casos, o objetivo principal é o de evidenciar os relacionamentos entre os conceitos por meio de um diagrama na forma de um mapa, formado por um conjunto de proposições. É interessante perceber que, da mesma forma que um discurso sobre um assunto qualquer pode ser feito por meio de proposições, o mesmo se dá com a representação via mapas conceituais. 

A vantagem do uso deste tipo de representação do conhecimento é que os mapas conceituais, por sua natureza gráfica, são mais eficientes para a "visualização" do conhecimento, ou seja, nos dão uma visão abrangente das relações entre cada um dos conceitos. Além disso, entende-se que a construção e interpretação de um mapa conceitual exigem um esforço cognitivo menor do que, por exemplo, para a construção e interpretação de um texto linear (GAVA; MENEZES; CURY, 2002). Isso acontece porque ao construir um mapa conceitual primeiramente identificamos os conceitos que consideramos importantes, e essa identificação pode ser feita de maneira totalmente independente da ordem em que eles foram estudados no curso, ou mesmo em que apareceram no texto. Esse é um processo muito mais natural do que se pensar em um texto linear que exige um formalismo e uma compreensão sequencial das idéias. Em um mapa conceitual, após a reflexão sobre os conceitos, podem-se materializar as ligações que se entende existir entre esses conceitos de forma independente de uma ordem pré-programada. Cada agente envolvido no aprendizado tem, ao se deparar com um mapa conceitual, autonomia para trilhar um caminho próprio na construção de seu conhecimento.

Há muitas formas de construir mapas conceituais, um software gratuito muito usado é o CmapTools


-Mais sobre Mapas Conceituais e algumas aplicações:

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A seguir, algumas dicas para a construção de mapas conceituais em Matemática (Luciano O. Condori):


Os mapas conceituais podem ser usados na matemática como recurso didático, para mostrar relações significativas entre conceitos que estão embebidos no conteúdo de um curso inteiro. Eles são representações concisas das estruturas conceituais que estão sendo ensinadas e, como tal, possivelmente facilitarão a aprendizagem dessas estruturas.

A forma mais rica e produtiva de se utilizar Mapas Conceituais no ensino e aprendizagem da Matemática é, sem dúvida, deixando a criação para os alunos. Vejamos alguns exemplos:







Softwares para Construção de Mapas Conceituais

 1. No Windows

1.1 Softwares como o Cmap tools é uma ferramenta que permitem que novas dimensões sejam incluídas, passando de bidimensionais para multidimensionais, utilizando sons, imagens e vídeos.
1.1.1 CmapTools
https://cmaptools.br.uptodown.com/windows

1.1.2 Software open source gratuito Yed
https://www.yworks.com/products/yed/download#download

2. No Linux

2.1 Freeplane é um software livre de código aberto para a criação de diagramas de conexões entre idéias (mapas mentais). Tem suporte para exportar para PNG, JPEG, SVG, HTML, XHTML e PDF, tem de localizar/substituir recursos em todos os mapas abertos e contém um corretor ortográfico integrado. Além disso, os usuários podem colar HTML como estrutura de nota.
No Debian Linux execute no terminal o seguinte comando: 
# sudo apt-get install freeplane

3. Outros Softwares



FREE MIND


MIND NODE

  • Programa muito simples e prático de se utilizar no dia a dia
  • Sua desvantagem é que é compatível somente com MAC OS, iPad e iPhone
  • Foi classificado pela Apple como “App Store Best
  • Download: www.mindnode.com

Mapas Mentais GoConqr





Referências:
AUSUBEL, D.P. Educational Psychology: A Cognitive View. New York: Holt Rinehart and Winston, 1968.
NOVAK, J. The theory underlying concept maps and how to construct them. 2008. Dispon. em: http://cmap.ihmc.us/publications/ResearchPapers/TheoryUnderlyingConceptMaps.pdf.
GAVA, T.; MENEZES, C.; CURY, D. Aplicações de mapas conceituais na educação como ferramenta metacognitiva. 2002. Disponivel em: http://www.nte-jgs.rctsc.br/mapas.htm. 

 











 



 

                                                                                                                            


 
 



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